domingo, 23 de março de 2014

Saudade




Ah,saudade
que acordas a lembrança
transbordas de claridade
num tempo de esperança!

Nostalgia...Saudade
doce ou amarga,és construção
vida que não experimenta saudade
não conhece o coração

Desfia-se o tempo, já ausente
reencontra-se na memória
é passado no presente
dele é sentido.Clarifica-lhe a trajectória

Pode cheirar a naftalina
que importa!Não a venceu a traça
apresenta-se como irrequieta menina
que remexe,toca...Mas abraça

Às vezes,muito sorrateira
de luto,aparece vestida
para lembrar a ceifadeira
no seu acto de investida

Saudade, caminho inevitável
para o acessível horizonte
vem de longe,avança inexplicável
sulcando indelével ponte

Saudade um bem que se gosta
um mal que se padece
não deixa de ser resposta
à interioridade que cresce.












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