terça-feira, 24 de junho de 2014

Rio




Desce montanhas entre ravinas
suave,cantante
parece que reclama
duma solidão fustigante
no leito que o amacia
e o inspira na aventura.
Corre,acalma
ditoso na sua sina
murmura versos de encantar
suspira segredos,meditações
em excelsa vocação.
Está fixado no céu
a sua estrela guia
não ignora sua filiaçao
nem o autor do brilho
das infinitas moléculas flutuantes
que valsam alegria.
Não se cansa,é cada vez mais veloz
acena a todos ao passar
parece que tem alma como a gente
e fica contente
se consegue algum olhar cativar.
E numa azáfama inquieta
os sonhos consuma
mata a sede,mata o fogo
até à escuridão empresta
luz abençoada
E num rumar peregrino
de mensageiro divino
pára de sonhar
acorda.

É abraçado pelo mar do absoluto
que no absoluto se vai fundir!









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